27 de maio de 2011

O mundo da educação especial.

É possível construir uma escola sem exclusão? 

Minha primeira resposta a esta pergunta é que é não só possível mas necessário, e como devemos realizá-lo. Para este fim, devemos procurar e saber encontrar quais são as barreiras que impedem a presença, a aprendizagem e a participação dos alunos nas escolas. Esta é a questão fundamental colocada na escola hoje. Eu, Gisele Simonaci, com alguma humildade, vou escrever sobre este tema tão importante aqui no nosso blog. Para fazer isso, ocorre-me de seguir a declaração de Salamanca: O princípio orientador deste quadro é que as escolas deveriam acomodar todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, emocionais, lingüísticas ou outras [...] As escolas devem encontrar formas de educar com sucesso crianças, incluindo aquelas com deficiências graves [...]. (UNESCO, 1994, p. 59-60) 
As iniciativas internacionais das Nações Unidas e da UNESCO apostou decididamente para a necessidade de todas as crianças e todas as crianças terem o direito de serem educadas em conjunto, independentemente de etnia, gênero, deficiência, religião ou proveniência. O que está em jogo não é apenas proporcionar o direito à educação para todas as crianças, mas oferecer uma educação de qualidade e isso só pode ser alcançado quando todas as crianças são educadas em conjunto. Isto, precisamente, é a educação inclusiva. Às vezes não é claro o que entendemos por educação inclusiva. 
Falando da educação inclusiva não se está falando de integração. A educação inclusiva é um processo de aprender a viver com as diferenças das pessoas, de incluir. É um processo de humanização e, portanto, é a participação, respeito e partilha, no entanto, que farão que ao invés das pessoas diferentes em algum aspecto tenham que se adaptar a maioria dos modelos sociais, ocorra o contrário, incluindo essas pessoas de fato. Portanto, falar de educação inclusiva, a partir da visão social exige estarmos dispostos a mudar nossas práticas de ensino tornando-as menos segregadoras e mais humanas. Mudar as práticas de ensino é mudar a mentalidade dos professores, que deve mudar no que diz respeito às competências cognitivas e culturais de pessoas diferentes, para aí mudar os sistemas de ensino e aprendizagem, o currículo escolar a organização da escola, e sistemas de avaliação. Isto deveria ser assim, e se não é, tem que ser. Pra quem não concorda com este princípio não vale a pena continuar estudando esse tema, pois aqui, tudo estará voltado e relacionado a esta visão da escola como um lugar onde meninas e meninos aprendem a serem democráticos, livres, educados e respeitosos com as diversidades.


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