13 de junho de 2011

Há diferenças significativas no processo ensino-aprendizagem de música para crianças com necessidades especiais?

Essa semana estive pensando em como a música consegue influenciar e estimular alguém. Sendo assim, por quê não usá-la na Educação Especial? 
Há diferentes princípios e formas e observação que podem ajudar no ensino de crianças especiais. Quanto mais conhecimento o professor tem acerca do estudante, maior é a adequação de suas propostas de ensino e maior é a sua segurança para promover o desenvolvimento dos alunos. Esse conhecimento pode ser conseqüência de um processo constante de leituras específicas sobre as características dos alunos, entrevistas e conversas com pais, professores, coordenadores, diretores e outros profissionais que componham as equipes de trabalho das escolas que as crianças freqüentam. No entanto, o que me parece mais importante é o conhecimento gerado por meio de uma observação profunda dos alunos e de uma interação de afeto e respeito, considerando sempre as possibilidades de cada um. 

Birkenshaw-Fleming (1993) aponta ainda alguns possíveis benefícios que as aulas de música podem proporcionar aos indivíduos com necessidades especiais: 
· Se o professor faz com que o aluno realize algumas atividades com sucesso, possivelmente vai reforçar a sua auto-estima. Ele obtém isso, respeitando as limitações e possibilidades de cada um, encorajando-o a agir por sua própria conta. Competição com outras crianças é usualmente contraproducente e prejudicial. É importante, por outro lado, fazer com que o aluno participe de todas os procedimentos de aula, de maneira que suas realizações se transformem numa experiência válida. Todos devem ser encorajados a dar o melhor de si e serem independentes, tanto nas atividades musicais como em qualquer outra atividade do seu dia-a-dia. 
· É possível estimular a interação social por meio de atividades musicais, e uma bom relacionamento social possibilita ao indivíduo sair de um possível isolamento. 
· O desenvolvimento do tônus muscular e da coordenação psico-motora pode ser estimulado por meio de atividades que envolvam movimento associado à música. 
· desenvolvimento da linguagem pode ser estimulado por meio de atividades musicais tais como parlendas, trava-línguas e pequenas canções. 
· Da mesma forma, pequenas canções e exercícios de acuidade rítmica e melódica podem desenvolver a capacidade auditiva, intelectual e o desenvolvimento da memória. 
· Por meio de um programa de educação musical bem estruturado e com objetivos bem definidos é possível promover o desenvolvimento físico, intelectual e afetivo da criança com necessidades especiais.

A autora ainda aponta para outros aspectos importantes a serem considerados quando se trabalha com indivíduos com necessidades especiais. O ambiente deve ser aconchegante, seguro e motivador, mas não deve desviar a atenção do aluno. Às vezes, muitas cores, desenhos e diferentes objetos podem fazer com que o aluno se distraia muito facilmente do foco de ensino-aprendizagem.





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